Total de visualizações de página

terça-feira, 24 de junho de 2014

O reino de Uru cap 7, cantando com vagalumes.

 Os passos de Uru eram apressados, ela caminhava o mais rápido que podia carregando seu filho, Taka, para leva-lo á Rafiki onde o macaco pudesse averiguar o machucado do pequeno príncipe, ela estava preocupada e chateada ao mesmo tempo, como podia Mufasa fazer isso a seu próprio irmão? A viagem foi feita em silêncio, Taka não deu ao menos um pio, ele queria seguir a regra que seu pai lhe disse: "Leões não choram por qualquer motivo! Você é meu filho, e chorar por qualquer motivo você não vai!" aquela frase ecoava em sua cabeça, ele olhava as gotas de sangue de seu machucado caírem pelo caminho, e, com uma expressão triste, lembrava do que tinha acontecido, mas guardando tudo para si em silêncio, pois chorar era a última opção...
  Uru chega a árvore de Rafiki em pouco tempo, o macaco logo percebe do que se tratava, pois via o pelo do príncipe com sangue seco, a rainha se preocupa, e Rafiki logo leva o filhote a sua árvore:
 
      Rafiki: Bem alteza, não foi um corte muito profundo, provavelmente não vai deixar cicatriz... Disse tocando suavemente no machucado do príncipe, que gemia, mas não chorava.
       Uru: Graças aos reis do passado! Ele vai ficar bem?!
        Rafiki: Sim, eu vou por algumas coisas em cima do machucado para parar de sangrar, mas infelizmente acho que ele não vai poder estar livre para brincar por um tempo... Falou desapontado, o macaco estranhava, Taka não chorava como a maioria dos animais faria, ele apenas olhava seriamente para baixo, parecendo estar pensando em algo.
       Uru: Então ele não vai poder sair para fora?
       Rafiki: Presumo que sim, ele deve ficar na caverna para evitar o contato com a poeira e outras coisas, por que se não o corte se tornará mais sério...
        Uru: Ah, que pena... Pois é filho, acho que você terá que ficar na caverna...
         Taka: Tudo bem... Disse frio, enquanto Rafiki lhe fazia um curativo.
 
    Então mãe e filho foram voltando para casa, no mesmo ritmo da ida, sem barulho algum... Enquanto isso a caminho da pedra do rei voltavam Ahadi e Mufasa, o príncipe nem ousava olhar para a face de seu pai, ele soltava lágrimas pelo caminho, sabia que Taka ia ficar de muito mal com ele. Ahadi só não mandou o filho parar pois sabia que ele era apenas um filhote. Eles chegam até em casa, o rei se senta  na ponta da pedra, já entardece e a noite começa a chegar, Mufasa tenta ir para a caverna de mansinho, mas logo para com o chamado de seu pai:
 
           Ahadi: Mufasa! Diz em voz alta, o filho vai silenciosamente ao lado do pai e se senta.
           Ahadi: Filho, eu estou muito decepcionado com você...
           Mufasa: Desculpe pai, eu não sabia que a minha brincadeira poderia ser tão séria, nem que machucaria meu irmão... Diz começando a dar sinais de choro, mas logo vê seu pai com uma expressão séria, o príncipe de chorar na hora.
           Ahadi: Mufasa, Taka é seu irmão, e uma família protege seus membros, nossa relação é feita pela nossa confiança, e você não pode arriscá-la fazendo essas brincadeiras... Diz olhando para o filho, que levanta a cabeça ouvindo o pai.
              Mufasa: Eu entendo pai, agora sei que eu não devo mais brincar dessas coisas com meu irmão...
              Ahadi: Não se trata disso meu filho, só lhe peço que pense antes de agir assim, isso será bom para seu irmão e para todos a seu redor, sei que é inteligente o bastante para distinguir o certo do errado.
             Mufasa: Sim papai. Diz abaixando a cabeça. - Posso ir para a caverna agora?
             Ahadi: (Sorriso) Pode filho, e não se esqueça de pedir desculpas a seu irmão.
 
       Então o príncipe de dirige a caverna, ele deita e descansa um pouco, pensando em como se desculparia com seu irmão... Não muito tempo depois chegam Uru e Taka, a mãe põe o filho no chão, mas pede que ele espere por ela, enquanto a rainha conta a Ahadi o que Rafiki recomendou, Mufasa vê o irmão de dentro da caverna, e também vê o seu machucado,  ele sai timidamente de lá e vai com receio em direção ao irmão, Taka torce o focinho e se recusa a olhar para Mufasa, que inicia uma pequena conversa enquanto os pais debatiam sobre Taka:
 
              Mufasa: Então... Você está melhor?
              Taka: O que você acha? Disse frio.
              Mufasa: (Suspiro) Eu queria te pedir desculpas mano, sinto muito pelo o que eu fiz. Diz de cabeça abaixa.
               Taka: Então tá... Diz desinteressado.
               Mufasa: Então podemos ser amigos de novo?!
               Taka: Ei ei! Eu aceitei suas desculpas, mas não quer dizer que eu tenha lhe perdoado, Mufasa.
              Mufasa: E... então tá... Diz desapontado, ele estava muito chateado, nem mais de Muffy Taka o chamava.
               Taka: Se me der licença os nossos pais já terminaram a conversa. Diz indo junto a Uru, que chamava por ele.
               
         Mufasa estava muito abalado, e, vendo que seu pai estava ao seu lado perguntou:
 
               Mufasa: Papai, por que você não pode fazer Taka me perdoar?
               Ahadi: O dom do perdão não é algo obrigado filho, deve vir do coração, mesmo que demore um longo tempo...
 
         Passavam-se longos dias, Taka não podia sair, então ficava na caverna, emburrado, sem fazer nada, sorte que Uru estava lá para anima-lo, e fazer com  que ele não se sentisse tão sozinho... Apesar de ela não ser uma das melhores amigas de brincadeiras de um filhote brincalhão.
          Mufasa não tinha nada o que fazer, apesar de poder sair para fora, ele tentava alegrar o irmão de todas as maneiras, mas parecia que nada dava certo, Taka simplesmente o ignorava, apesar de ter vontade de chamar seu irmão para brincar.
          Certo dia Mufasa estava lá fora, vendo o céu azul e descansando na paisagem, pois seu irmão o ignorava, e ele estava muito sozinho, quando ele ia voltando para a pedra ele vê alguém correndo desesperadamente em sua direção, era um filhote cor creme, com uma pequena juba marrom, a única coisa que ele pode falar foi:
 
              ???: Sai da frenteeeeee! Mufasa se jogou para o lado, e o leãozinho caiu como um foguete na água, seguido por abelhas, que foram embora após perceber que o filhote estava ensopado.
              Mufasa: Q... quem é você?
              ???: (Tosse) Muito prazer eu sou o Ni! Diz ainda molhado, e apertando a pata do novo amigo.
              Mufasa: Prazer, meu nome é Mufasa, sou príncipe das terras do reino e filho de Ahadi.
              Ni: Ah tá, bem, você quer brincar de alguma coisa já que somos "conhecidos"? Diz secando o pelo.
                     Mufasa: Desculpe Ni, não posso brincar agora...
                     Ni: Ué, e por que?
                     Mufasa: Estou tentando arranjar um modo de me desculpar com meu irmão...
                     Ni: Você tem um irmão? Que demais!
                     Mufasa: É, mas não é legal agora por que ele está bravo comigo.
                     Ni: Mas por que ele está bravo com você?
                     Mufasa: Eu não quero falar sobre isso. Você compreende, não é?
                     Ni: Claro! Sem problemas, sabe de uma coisa, quando eu estou bravo minha mãe sempre me canta uma canção!
                     Mufasa: Uma canção? Isso! Uma canção! Valeu Ni, tenho que ir! Disse correndo para a pedra.
                     Ni: Então, tá né.
 
          O príncipe foi correndo a seu pai, e pediu que ele fizesse uma exceção hoje para Taka a respeito de sair da pedra, ele concordou, Mufasa passou um tempo pensando em seu plano, e, de noite, veio chamar seu irmão:
 
                    Mufasa: Taka! Taka! Acorde! Acorde!
                    Taka: Já disse que não quero conversa Mufasa.
                          Mufasa: Por favor! É uma surpresa! Disse alegre, Taka ficou curioso.
                          Taka: Surpresa? Que surpresa?
                          Mufasa: Vamos e você verá! E então os dois saíram da pedra a noite, Ahadi observava os dois, sabia que abrir uma exceção a Mufasa seria boa coisa.
 
                  Mufasa levou o irmão até a frente do riacho onde aconteceu o acidente, e, lá haviam muitos vagalumes, era muito bonito vê-los á noite.
 
                          Taka: Ammm, você não vai me jogar no rio de novo vai?
                           Mufasa: Não... Observe. O príncipe começou a balançar as patas e coordenar os vagalumes, Taka achando estranho, então eles começaram a andar pela campina.
             O que Taka não esperava era que o irmão fizesse algo inusitado, depois de parar Mufasa começou a cantar junto aos vagalumes! (Cliclem nesse link e vão acompanhando a música: https://www.youtube.com/watch?v=1FqP6GCX3Qo )
 
                                       Mufasa: "As folhas secas pelo chão, eu lembro
Em Setembro, a chuva cai
O sol se esconde como a brasa morrendo
Em Setembro, a chuva cai

Pra cada verso de amor que eu ouvi
As gotas de chuva tocavam um refrão

Então pra mim ainda é Setembro
Porque em Setembro a chuva cai"
                                        Taka: Ficou de mais Muffy! Disse pulando fraquinho, Mufasa respirava aliviado, o irmão o havia perdoado.
 
                Então Mufasa abraçou o irmão, e os dois foram juntos para casa, Ahadi estava orgulhoso de Mufasa, pois ele reconquistou a amizade de Taka.
_______________________________________________________________________
 Oi povo, mais um capítulo longo e musical para vocês, espero que gostem e comentem! ISSO AJUDA D MAIS! Aí as imagens em ordem, as que aparece o Taka eu só coloquei o machucado djcoulzanimalsonly.deviantart.com  eyesinthedark666  animationsource  J.C.  Xanxor. FUI!
    

2 comentários: